O vazio é um lugar onde o nada preenche o obvio
De verdade nunca é nada e nada sempre tem algo de tudo
Peguei meu saco de incongruências e soprei
E dentro se encheu com tudo que eu não tinha
E continuou escasso de conteúdo, teria eu o vazio de fé
Ou de idéias que não me aprovariam a Santa Sé
Um todo pragmático incompreensível, indigerível
Sinto-me abarrotado de falta de muitas coisas
Meu âmago regurgita ponderações que não tomam forma concreta
Abstração de quem divaga sobre o que não compreende
Entende!
Não?
Quem é o vazio agora, eu você todos...
Sigo acumulando questões que covardemente deixo pra meu estomago resolver
Prossigo adiante tocado pela inércia de viver, por movimentos involuntários
Por sentimentos donatários e capitãneados.
Manoel Pacífico