sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pecado

A intangibilidade do teu desprendimento é tão única,
Que tua volúpia se faz em mascaras de lascívia.
Como mulher que ama e é amada por todos os sexos.

Bocas berbes ressecadas de blend e sol tocam teus lábios,
Outras macias em tom de batom carmim deslizam
Despudoradas pelo teu púbis.

Tua transmutação de fêmea encobrindo outra fêmea,
No frêmito de carnes que tremulam orgásticas.
Algemas soltas de um prazer que faz explodir em
Em tezão incontido.

Quero ver-te obscenamente nua nos braços de outra felina
De pele crua selvagem e aveludada.

Negra como o véu que recai sobre todos os preconceitos,
Puta que tem como a “paga” o valor da beleza e do gozo.
Ré culpada por fazer minha vida ter sentido,
Culpada por me querer me amar.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Iara Marina

Todos os dias que vejo o mesmo e só
Minhas ideias em vulcão
Minha inspiração em nó
Tenho fome do novo da ebulição
Minha sede ficou presa, vontade acesa.
Essa gana, intuição presa.
Quero sair de tudo aqui que me encarcera
Preciso do mundo
A vida me espera
Recolho as mãos em braços cruzados curvados
O parto das minhas asas na dor das palavras
Verbos na ação da graça de ser eu mesmo quando todos esperam outra
Um alguém que não é mais eu , nem será jamais
Estou partindo desamarrada do cais
Das bocas que me beijaram deixo secar a saliva num adeus de Deus
Das que nem me tiveram, melhor assim sentiram menos...
Vento de impulso tem vida tem o mar.
Sou mulher
Menina
Iara Marina