quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Caos

Numa só sintonia como o cosmo completo unificado com o todo
Inserido no tudo.
Animais em permanente cio, de ser de querer de espírito de vontades.
Sensacionalismo de uma categoria acéfala de sedimentos uníssonos
Petricitude de sentimentos, devaneios de bocas e corpos.

Pactualidades não sincronizadas, mas consentidas em contato com nossa verdade.
Dual de qualidades simplórias aos olhos de tolos fechados a luz de nosso amor.
Realismo intensificado com os permanentes contatos de nossas energias sutis.

Ascenção pagã de matéria carnal aos planos etéreos mais elevados.
Realização de um desejo, uma vontade, um destino.
Destinados à unificação contrariando todas as tendências ou polaridades.

Receptáculos de pele que não suportam toda a ânsia dessa vontade de sempre ser um
Num espaço onde dois completam.
Mar de Sentimentos a mercê das marés, das ondas, dos tentáculos de monstros imaginários e abismos escapistas.

Latifúndios onde as glebas nos parecem estreitas ao cultivo de todas as idéias e planos futuros, sulcando a terra com um arado tão profundo que fere, mas abre espaço seguro a semente e a arvore sólida.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Conjuração

Que se desfaça toda conjuração Todo mal feito Toda desunião
Que venha o novo desterrando o velho Tudo que magoou Tudo que se insuportou
Do bom proveito se aproveite o bom
Do choro a pauta Do interrogno a falta
Do luto a labuta

Das verborragias que não se consumiram Sumiram
Dessa força dessa flor no peito
Aleito-me Em ti, no teu colo me ajeito, e deito...
Retroaja todo esse descontentamento
Que leve a cisma esse vento Sofrimento lamento...

Faço do pó que se moeu a pedra Ungüento cimento...
Enterro a dor com uma pá de cal
Do amor sem mal.

Manoel Pacífico