Vivemos uma época de transição moral sem precedentes na pobre escalada evolutiva do homo sapiens. Dependemos cada vez mais de nossos ídolos, nossa velocidade para eleger ícones só se compara a voracidade de destruí-los, tenham eles pés de barro ou não.
Parece que nossa miserável existência física só tem sentido quando nos espelhamos nos Ronaldos, Romários e Cabrinis da vida.
Temos ódio quando nossos idolatrados semideuses caem do seu figurativo olimpo e expõem na figura deles as nossas mazelas morais.
Sim somos nos que queremos a redenção das nossas fantasias sexuais nos braços "e pernas" das meninas T.
O ídolo não tem o direito de ser como eu ou você, e se e não pode parecer, premissa básica da mulher de César:
-Não basta ser, tem que parecer honesta.
Embrenhamos-nos na catarse de todos os tipos dependências possíveis, opiacios, nicotinas álcoois, morbidez, maledicências, sensualidades, estamos tão sequiosos por uma dose de qualquer coisa a mais que esquecemos ou negamos que os pés não são de barro, são de carne e osso.
Vergonha insensata que nos expõe as chagas de uma sociedade ridícula e pusilânime, capaz de atos grandiosos e outros de sofrível mediocridade.
Que importa se seres humanos sub-humanos ou super humanos são expostos nas suas fragilidades e possibilidades,temos que demolir velhos ídolos para dar lugar a novos .
Nossas aldeias clamam por uma nova comoção, a maquina de moer carne da mídia necessita de bifes sangrentos, queremos correr com o tênis da moda, beber o refrigerante gelado enquanto falamos ao celular com mp3.
Outras têm apenas o utópico desejo de serem respeitadas
Nessa insana ciranda de valores e futilidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário