segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ser ou Parecer

Vivemos uma época de transição moral sem precedentes na pobre escalada evolutiva do homo sapiens. Dependemos cada vez mais de nossos ídolos, nossa velocidade para eleger ícones só se compara a voracidade de destruí-los, tenham eles pés de barro ou não.

Parece que nossa miserável existência física só tem sentido quando nos espelhamos nos Ronaldos, Romários e Cabrinis da vida.

Temos ódio quando nossos idolatrados semideuses caem do seu figurativo olimpo e expõem na figura deles as nossas mazelas morais.

Sim somos nos que queremos a redenção das nossas fantasias sexuais nos braços "e pernas" das meninas T.

O ídolo não tem o direito de ser como eu ou você, e se e não pode parecer, premissa básica da mulher de César:

-Não basta ser, tem que parecer honesta.

Embrenhamos-nos na catarse de todos os tipos dependências possíveis, opiacios, nicotinas álcoois, morbidez, maledicências, sensualidades, estamos tão sequiosos por uma dose de qualquer coisa a mais que esquecemos ou negamos que os pés não são de barro, são de carne e osso.

Vergonha insensata que nos expõe as chagas de uma sociedade ridícula e pusilânime, capaz de atos grandiosos e outros de sofrível mediocridade.

Que importa se seres humanos sub-humanos ou super humanos são expostos nas suas fragilidades e possibilidades,temos que demolir velhos ídolos para dar lugar a novos .

Nossas aldeias clamam por uma nova comoção, a maquina de moer carne da mídia necessita de bifes sangrentos, queremos correr com o tênis da moda, beber o refrigerante gelado enquanto falamos ao celular com mp3.

Outras têm apenas o utópico desejo de serem respeitadas

Nessa insana ciranda de valores e futilidades.

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